Sabem quando a penumbra levanta e vemos mais nitidamente tudo. A vida devolve-nos a sensibilidade e a tranquilidade. Em cada momento.
Têm sido assim as últimas semanas. Claras, tranquilas e sem pressão.
Desabituei-me desta vida de me sentir alinhada em todas as esferas da minha vida.
A entregar valor todos os dias, de diferentes formas, sem sentir aquele cansaço que me queixava em tempos.
A regressar ao social. Ao contacto com outros. Físico e intenso.
Não ter pressa. Fluir.
Encontrar pequenas bolsas no dia para respirar, espreguiçar e regressar à rotina diária de yoga, hidratação e movimento.
Posso ainda fazer melhor eu sei, mas já é incomparável a mudança que consegui introduzir neste mês de Setembro e início de Outubro.
Depois do caos vem sempre esta calma.
Depois da calma virão outras tempestades e aflições.
E assim a vida corre.
Agora, aproveito que está mansa para aprofundar e ver com mais clareza o que de facto me preenche.
E escrever tem que caber na pressão e exigências do meu dia.
Este espaço que não tenho ocupado com a consistência desejada mas que me traz tanta paz também. É esta a única forma com que me expresso de forma criativa.
É através da palavra. Que sinto. Que te sinto a ti que estás desse lado.
Poderás pensar que o faço porque tenho interesses mas escrever para mim é vital.
Não é assim que pago as despesas é assim que me escrevo e reinvento.
Agora só falta conseguir fazê-lo todos os dias.
Eu existo todos os dias. Porque não criar em todos os dias também?
Até daqui a quinze!