4, 3, 2, 1…
As férias estão à porta. Estou nos finalmentes, a rematar a agenda, a calendarizar esforços maiores já só para setembro. A validar a quantidade de afazeres, tarefas pequenas ou grandes que se acumulam por não me assistirem assistentes.
Assistentes de vida que nos permitam viver a nossa. Quanto do nosso tempo desperdiçamos em tarefas administrativas e logísticas? Para dizer a verdade é o que me suga a alma desta vida adulta. Uma adulta com um agregado de 5 pessoas. Vá lá, ainda conseguimos resistir e não temos outros animais para levar ao médico, ao dentista, à escola, ballet ou natação.
Se me perguntarem como conseguimos, nem sei responder. A maior parte do tempo ando pressionada pelo meu calendário Google onde anoto tudo. E ele manda em mim. Envia-me notificações várias vezes ao dia. E eu obedeço. Consigo assim ter a vida minimamente organizada e planeada.
Ao antecipar estas minhas férias não quero ter nada nesta agenda ditadora.
Quero espaço branco. Preciso respirar de outra forma.
Quero a minha persona calma, sem afazeres. De férias, férias mesmo.
Quero revitalizar a minha ideação livre, curiosidade natural, leituras fúteis e sensações físicas de calor e lentidão.
Quero também estar fora do digital. Não vou fazer um detox digital porque já sei que não consigo nada tão radical. Pelo menos não quero ter nenhum écran à minha frente na maior parte das horas dos dias que estão quase a chegar (Somente o eReader, vá por uma questão de economia de espaço da mala do carro para os livros).
E quero mexer-me muito. Movimento é o que me tem faltado mais.
Deixo-te com a Areia Fina de Tiago Nacarato. ;)
Até breve!